terça-feira, 22 de julho de 2008

ACervA Catarinense - Novo Logo!

É com grande satisfação que colocamos aqui o novo logo da ACervA Catarinense - Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina. Esta nobre associação foi fundada no dia 17 de maio último, e está em plena atividade.


De agora em diante, manteremos o logo de maneira definitiva aqui no blog (veja lateral direita do blog). Assim que o site estiver pronto, atualizaremos o link.


Vida longa à ACervA Catarinense!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Weizenbock

Ao invés de fazermos alguma cerveja para o III Concurso Nacional como tínhamos planejado, mudamos os planos e decidimos fazer uma receita com a qual nos identificássemos e que oferecesse alguma experiência nova.

[Limpeza antes de começar]

Em virtude dos maltes que tínhamos em mãos, partimos para uma Weizenbock. Além de ser uma cerveja muito apreciada por nós, nunca tínhamos feito uma cerveja de trigo nem utilizado o fermento próprio para tal cerveja.

A Weizenbock é uma cerveja de trigo de teor alcoólico e corpo mais elevados, normalmente de cor mais escura. Definimos a receita, que ficou assim:

Maltes:
- Malte de Trigo Claro (Weyermann) – 47,6%
- Pilsen (Cargill) – 27,2%
- Vienna (Weyermann) – 13,6%
- Munich (Cargill) – 6,8%
- Carared (Weyermann) – 4,1%
- Chocolate (Carafa III - Weyermann) – 0,7%
Lúpulos:
- Mt Hood (AA 5%) – 25g a 60 minutos
- Mt Hood (AA 5%) – 25g a 15 minutos
Fermento:
- WB-06 (Fermentis)
Adicionais:
- Whirlfloc – 1 pastilha

[maltes depois de moídos]

[Nada se perde, tudo de aproveita! Malte varrido do chão vai p/ panela. (brincadeira!) ]

O malte cristal mais escuro que tínhamos era o Carared® e complementamos com carafa para dar cor e sabor mais acentuados.

Outro ponto é que a Weizenbock é uma cerveja pouco lupulada. Nossa receita ficou com cerca de apenas 25 IBU. Visto que não tínhamos lúpulo alemão, acabamos por utilizar o Mount Hood, que segundo informações da Hopunion é uma versão americana muito parecida ao Hellertau.

Devido à grande quantidade de malte de trigo (quase 50%), tivemos que fazer uma parada de proteína para garantir a modificação deste malte. As etapas de temperatura foram as seguintes:

- 55ºC por 20 minutos;
- 65ºC por 60 minutos;
- 68ºC por 30 minutos;
- 78ºC por 5 (mashout).

[Adição de maltes]

[Coisa linda]

Nesta leva pudemos confirmar o que outros cervejeiros já diziam: com uma grande quantidade de malte de trigo a recirculação do mosto se tornar muito complicada. Complicada MESMO!

Visto que usamos uma bomba para recircular o mosto, normalmente a recirculação e lavagem do malte não demoram muito mais do que meia-hora. Desta vez levou mais de uma hora! Mas mesmo assim conseguimos uma boa filtragem e levamos um mosto bem límpido para fervura.

A fervura foi vigorosa, ao ponto de transbordar a espuma formada pelo lúpulo (veja foto). Antes de encerrar a fervura, adicionamos o Whirfloc para ajudar na filtragem.

[Sujeira feita devido à fervura]

A gravidade original foi de 1.069 e ficou um pouco abaixo do esperado. A fermentação está às mil maravilhas, em temperatura controlada de 19ºC.

Vamos ver no que vai dar. Essa promete!