sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Workshop Joinville - 30/05/2009 - relembrando

No dia 30/05/2009 fomos convidados a ministrar o workshop de fabricação de cerveja caseira da ACervA Catarinense, realizado no complexo cultural da Antarctica. A RBS Joinville cobriu o evento exibiu reportagem no jornal local. Pra relembrar!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Panela Cervejeira - Adaptando uma válvula extratora


Precisando colocar uma válvula extratora na sua panela cervejeira para facilitar sua vida? Veja em nosso site como fazer isso você mesmo e de uma forma fácil.


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Post-Mix - Fazendo chave para Pin-Lock


Quer dizer que você comprou aquele tão desejado barril tipo post-mix no sucatão, e quando chegou em suas mãos viu que para desmontá-lo e trocar os reparos ia precisar de uma chave cheia de firulas?


Não se desespere! Veja em nosso site como fazer em casa uma chave "tabajara" para abrir seu barril tipo PIN-LOCK.

Bom proveito!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Oficina Cervejeira de Joinville - Participe!


Se você ainda não produz e deseja iniciar na arte de produção de cerveja artesanal, é um entusiasta deste líquido precioso, ou ainda, já é cervejeiro mas deseja explorar novas receitas, compartilhando experiências, venha participar da Oficina Cervejeira promovida pela ACervA Catarinense.

O evento acontecerá durante um sábado, no próximo dia 11 de setembro de 2010, das 09:00 às 17:00, na cidade de Joinville, SC.

A Oficina Cervejeira trata-se de um evento com tema específico, que nesta edição abordará o Processo de Produção Caseira de cerveja.

Serão apresentadas todas as etapas do processo de produção, a partir de uma produção real, conduzida por um cervejeiro caseiro experiente e acompanhada de perto pelos participantes do evento, possibilitando a máxima exploração dos conceitos de produção, do funcionamento dos equipamentos e compreensão de todas as etapas deste processo.

Ao total, serão 40 vagas, e desejamos que todos os participantes aproveitem ao máximo esta oportunidade, desfrutando de um dia prazeiroso e repleto de descobertas.

Mais informações o site da ACervA Catarinense (http://www.acervacatarinense.com.br/).

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Era ESB, agora é IPA - Teste de lúpulos

Nosso amigo Dorval, da Masterbrau, já há um tempinho havia solicitado que fizéssemos alguns testes com lúpulos novos que ele tinha em mãos. A idéia é prová-los na cerveja e avaliar o resultado, para ver se ele irá trabalhar com estes lúpulos ou não.

Pensamos num estilo que nos permitisse identificar bem as propriedades dos lúpulos utilizados, e como somos das cervejas inglesas, definimos o estilo ESB.

Porém, para testar uma quantidade maior de lúpulos numa mesma leva, resolvemos fazer algo inédito para nós: duas cervejas em uma. Como assim?

Normalmente fazemos em torno de 18 litros de cerveja. Dessa vez montamos a receita de forma que faríamos a brassagem necessária para 30 litros de cerveja e dividiríamos a fervura em duas panelas. Cada fervura receberia lúpulos diferentes, permitindo provar a diferença das propriedades dos lúpulos em cervejas oriundas do mesmo mosto.

Mas esse procedimento tornaria necessário utilizar mais malte do que normalmente usamos na brassagem, e nossa panela não é tão grande. O estilo ESB é apropriado para isso também, já que vários cervejeiros sugerem fazer o chamado “thick mash”, onde a brassagem é feita com pouca água.

Ah, antes que esqueça, também aproveitamos essa brassagem para testar o BeerBooster® que a MasterBrau está importando. Mas o resultado descreveremos em outra postagem.

BeerBooster®

Nossa avó já dizia que “saco vazio não pára em pé”, e visto que o processo ia demorar mais do que o normal, providenciamos um “lanchinho” à base de pernil de ovelha. Este foi devidamente degustado durante a produção.


Nossa receita ficou assim, na parte de maltes:

- 5kg Pilsen
- 2kg Pale Ale
- 1kg Munique
- 0,5kg CaraAmber®


Maltes moídos


Para os 8,5kg de malte acima, usamos
15 litros de água na mostura. Isso fez com que ficassem mais difícil manter a temperatura homogênea, exigindo mais “braço” na hora de misturar o bagaço.


Adicionamos os maltes na água a 68ºC. A temperatura caiu para em torno de 63ºC. Aumentamos para 65ºC e mantivemos assim por uma hora. Depois subimos direto para 75ºC e passamos para a recirculação e fervura. Retiramos 40 litros de mosto.

Dividimos em duas fervuras, mas não fizemos as duas em paralelo. Quando terminamos a primeira fervura (de 60 minutos), passamos para a segunda fervura. Com isso, pudemos resfriar a primeira enquanto fazíamos a segunda.

Os lúpulos foram divididos da seguinte forma (para 15 litros finais de cerveja cada):

1ª cerveja (lúpulos poloneses)

- 15gr Magnum 12,8% AA – 60 minutos
- 10gr Marynka 10,8% AA – 20 minutos
- 15gr Marynka 10,8% AA – 3 minutos
- 10gr Aurora Super Styrian 8,4% AA – 3 minutos

Esta cerveja ficou com 47 IBU previstos e uma OG de 1.064.

2ª Cerveja (lúpulos variados / eslovenos)

- 12gr Summit 16,3% AA – 60 minutos
- 10gr Aurora 8,5% AA – 20 minutos
- 10gr Aurora 8,5% AA – 3 minutos
- 15gr Bravo 14,7% AA – 3 minutos

Esta segunda cerveja ficou com 46 IBU previstos e OG de 1.070.

O fermento usado para ambas foi o Safale S-04 (Fermentis).

O único “problema” foi que tivemos uma eficiência recorde (pra nós) de 86%. Nossa eficiência girava sempre em torno dos 70%, e foi com base nisso que montamos a receita. Em vista da densidade inicial mais elevada, nossa ESB acabou se tornando um English IPA! Não que isso seja ruim! É ótimo. Ainda bem que a carga de lúpulo deve suportar essa mudança...

No momento a cerveja está maturando, e aguardando para ser embarrilada para a prova final. Assim que provarmos, postamos as impressões dos lúpulos.

Também aproveitamos a ocasião para degustar algumas de nossas produções. Também estava presente uma "Edensaft", cerveja tipo Dark Ale produzida por nosso amigo Rubens Deeke. Esta cerveja já estava em nosso poder há bastante tempo, e quando tomamos a primeira garrafa achamos que o lúpulo de amargor estava se sobressaindo muito, um pouco agressivo. Agora, com o passar do tempo, estava uma delícia. Muito boa cerveja. Taí um exemplo de que cerveja de extrato também fica boa!


* Detalhe importante: aquela "nanica" ali segurando o ursinho está tomando suco de soja!


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cervejas velhas é que são boas!

Por motivos alheios à nossa vontade, tivemos que novamente transferir nossos equipamentos para outro local. Na verdade voltamos para o reduto onde começamos a fazer cerveja, ao lado do antigo canaril que havia na casa da dona Judite (mãe do Diogo e detentora do local onde a fábrica está instalada).

Sabem como é mudança: sempre surgem aquelas coisas antigas que você não sabia onde estavam. E com nossas cervejas não foi diferente. Surgiram cervejas que achávamos que não existiam mais.

Tirando uma dubbel que fizemos há dois meses, a cerveja mais “nova” que provamos foi fabricada no mês de maio/2009. Ou seja, há quase um ano. A mais velhinha delas foi fabricada em janeiro/2008. Mais de dois anos!

E pra fazer inveja nos degustadores de plantão, ressuscitamos uma Joinville Porter que fabricamos para o concurso da Eisenbahnn em outubro/2008!

Veja algumas fotos. Não reparem na qualidade nem no “cenário” das fotos. Como diria o Diogo, nosso negócio é fazer cerveja!

Começamos com uma American Pale Ale feita em Janeiro/2008, cuja receita está no site da Gräbenwasser. O detalhe é que ela recebeu polpa de amoras pretas e mais açúcar durante a maturação. Ficou com cerca de 7% ABV.


Não, não é uma Belle-Vue! Apenas aproveitamos a garrafa e a rolha. E deu certo!

Incrível como ficou cristalina devido ao tempo de maturação. Também reduziu a percepção de álcool e os sabores de fruta e lúpulo estavam mais suaves. Estava muito boa. Maturou muito bem esta cerveja.

Depois passamos para uma Dubbel, que fizemos para o concurso da Eisenbahn agora em Fevereiro. Visto que a produção foi muito em cima da hora, a cerveja não estava bem maturada por ocasião do concurso. Diria que ainda está muito cedo para bebê-la. Mas está ótima de sabor e aromas. Vai ficar muito boa com o tempo (quem sabe “esquecemos” umas garrafas por uns 2 anos).




Seguindo com a degustação, abrimos uma Weizenbock produzida em julho/2008, cuja produção foi registrada neste blog. Tinha cerca de 8% ABV. A garrafa que abrimos teve adição de cacau em pó à solução de primming. Interessante perceber que agora o sabor do cacau estava melhor inserido na cerveja do que meses atrás. O tempo ajudou esta cerveja com certeza! Se vasculhar, acho que ainda tem uma ou duas garrafinhas pra quando ela fizer 2 anos...





Partimos para outra velhinha: uma Winter Ale que fizemos em maio/2009. Esta cerveja foi feita pensando nas cervejas de inverno alemãs: além de alguns maltes especiais, teve adição de mel, raspas de casca de laranja, cravo e canela no final da fervura. O interessante é que o cítrico da laranja e a diminuição do corpo devido à fermentação do mel deixaram esta cerveja relativamente leve. Acabamos chamando-a de “Winter Summer Ale”, pois com certeza seria uma boa cerveja de verão.





Apesar de ser uma cerveja com pouco mais de 6%ABV, até que se comportou bem com o tempo. Sabores dos temperos quase imperceptíveis. Continuou bem balanceada, como estava no início.

E pra fechar com chave de ouro (preto), uma maravilhosa Joinville Porter versão Gräbenwasser – feita com a legítima água da valeta!
Essa cerveja faz parte da produção original que fizemos para participar do concurso da Eisenbahn. Foi fabricada em outubro/2008.







Incrível como a versão caseira é melhor do que a versão industrial. Obviamente, converter uma produção caseira para escala industrial não é tão simples, o que fez com que houvesse diferenças pequenas – mas houve.

A versão caseira da JP tem menos sabor de maltes cristais e é mais lupulada – tanto no sabor como no amargor. Diria que o “conjunto” é melhor balanceado.

Foi uma das melhores cervejas que provamos nos últimos tempos. Obviamente, além de muito boa, a degustação foi influenciada pelo sentimentalismo dos “pais” da criança...



Em resumo, foi muito bom perceber que cervejas caseiras que são refermentadas na garrafa têm um prazo de validade muito grande. Claro que para a maioria das cervejas degustadas um prazo tão longo não é o ideal. Também é interessante notar como as cervejas mudam suas características com o tempo.

Se você é cervejeiro caseiro, faça como nós: esqueça algumas garrafas da sua produção num canto escuro qualquer e depois de alguns meses (ou anos) abra pra ver como ficou. Você vai se impressionar com o resultado!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Dunkel x Joinville Porter

Será que Eisenbahn Dunkel combina com Eisenbahn Joinville Porter?

Antes que alguém pense que vamos comparar as duas cervejas, vou deixar claro que o objetivo aqui é harmonizar (a palavra da "moda" no meio cervejeiro).

"Vi uma receita de bolo que deve ficar uma delícia com a sua cerveja!" Esta foi a frase que ouvi da minha esposa, Gissele, na última semana. Ela comentava sobre o programa Mais Você, da Globo, que havia executado uma receita de bolo de chocolate que leva cerveja na elaboração.

Procurei no site a receita e e enquanto assistia ao vídeo do programa, a apresentadora comentou que não se deveria usar cerveja preta doce na elaboração. Logo ouvi minha esposa dizer: "Acho que a Dunkel deve fica boa nessa receita". Não perdi tempo e fui logo comprar os ingredientes. Afinal, não ia perder essa chance de comer um bolinho de chocolate!

Minha esposa fez o tal bolo, que ficou delicioso. A sugestão de comê-lo junto com a Joinville Porter realmente foi muito boa. Uma ótima opção de sobremesa!



Vale lembrar que na receita não especifica qual cerveja deve ser usada. Apenas que deve ser cerveja preta, "e que não seja a doce". A Dunkel cumpriu muito bem seu papel. Ah, não fizemos a cobertura e não fez falta...

A receita está copiada abaixo, retirada do site do programa. se quiserem assistir ao programa e ver a execução da mesma, clique AQUI.

Bolo de chocolate com cerveja

Ingredientes

- 250 g de manteiga em temperatura ambiente
- 500 g de açúcar mascavo
- 4 ovos
- 350 g de farinha de trigo com fermento (ou 350 g de
farinha de trigo misturada com 1 colher de sopa de fermento
em pó)
- 4 colheres (sopa) de cacau em pó
- 350 ml de cerveja escura (não a doce)

COBERTURA DE CHOCOLATE
- 185 g de água
- 80 g cacau em pó
- 240 g de açúcar
- 15 g de gelatina em pó sem sabor (hidratada e dissolvida conforme o fabricante)
- 160 g de creme de leite fresco

Modo de Preparo

1- Numa batedeira coloque 250 g de manteiga em temperatura ambiente e 500 g de açúcar mascavo e bata até ficar cremoso. Adicione 4 ovos (um de cada vez) e bata bem. Desligue a batedeira e com uma colher vá adicionando e misturando 350 g de farinha de
trigo com fermento (ou 350 g de farinha de trigo misturada com 1 colher de sopa de fermento em pó), 4 colheres (sopa) de cacau em pó e em seguida 350 ml de cerveja escura (não a doce).

2- Numa assadeira redonda (20 cm de diâmetro X 7 cm de altura) untada com manteiga e polvilhada com chocolate em pó, despeje a massa e leve ao forno médio pré-aquecido a 180 graus por +/- 40 minutos. Retire do forno, deixe esfriar, desenforme e regue
várias vezes com uma cobertura de chocolate.

COBERTURA DE CHOCOLATE
1- Numa panela coloque 185 g de água, 80 g cacau em pó, 240 g de açúcar e leve ao fogo médio até ferver. Retire do fogo acrescente 15 g de gelatina em pó sem sabor (hidratada e dissolvida conforme o fabricante) e 160 g de creme de leite fresco. Misture e deixe a mistura esfriar.

A dica do site é " Não usar cerveja clara, pois o bolo vai embatumar (não fica fofo). Para que o bolo fique bem fermentado utilize a cerveja amarga escura e não a escura doce".

Bom Proveito!