domingo, 14 de dezembro de 2008

Gräbenwasser é campeã!

A maioria dos nossos amigos que acessam o humilde blog da Gräbenwasser já deve saber que a nossa receita de Robust Porter, a Joinville Porter, se saiu campeã do II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn no último dia 11.


Assim que possível vamos colocar alguns detalhes e fotos de como foi nossa ida até São Paulo para o evento de premiação, os "figuras" que conhecemos pessoalmente e a alegria de ganhar este prêmio.

Mas, o mais importante: esperamos que este prêmio sirva de incentivo para que outros se animem a produzir cerveja em casa. Afinal, se nós podemos fazer uma cerveja que seja considerada boa por jurados do quilate dos que participaram do concurso, qualquer um pode fazer também.

Um abraço e até breve!

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Mestre Cervejeiro Eisenbahn - Gräbenwasser na final!


É com grande satisfação que recebemos a notícia de que a Gräbenwasser está entre as 6 cervejas finalistas do II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn.

Recebemos a notícia através do nobre colega Roberto Fonseca, que foi um dos jurados do concurso. Inclusive ele nos forneceu alguns detalhes de como foram as degustações, conforme pode ser conferido AQUI.


Para quem começou a fazer cerveja há um ano e fez relativamente poucas brassagens, estamos muitíssimo contentes com a indicação. Só vem reforçar que boas cervejas podem ser feitas por qualquer um e esperamos que sirva de incentivo para mais pessoas se aventurarem neste hobby muito recompensador.


A divulgação do grande vencedor será na quinta-feira (11/12/2008), em São Paulo. Vamos esperar para ver se vem mais boas notícias por aí...

Lista dos finalistas, por ordem de número de inscrição:

- Luis Antônio Teixeira - SP
- Ivan Guilherme Steinbach (e Diogo Züge, claro!) - SC
- Edigyl Pupo - PR
- Leonardo Botto - RJ
- Vitor Luis da Silva - SP
- Marcio Lopes Motta - RJ

Abaixo o comunicado oficial:

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Um ano de Stout

A primeira cerveja que fizemos "pra valer" foi uma oatmeal stout. Esta cerveja foi inclusive enviada para o concurso da Eisenbahn (curiosidade: ficamos em 7º lugar). Como não saiu bem do jeito que gostaríamos resolvemos que nossa segunda leva seria a mesma cerveja, só que com algumas alterações para melhorá-la.

Esta segunda leva ficou bem melhor e foi inclusive avaliada pelo amigo Roberto Fonseca, do Latinhas do Bob (o resultado pode ser conferido aqui).

Como experiência, resolvemos guardar um exemplar desta segunda leva para ver como o tempo agiria na cerveja. Eis que chegou a hora de prová-la, um ano depois de produzida. Esta oatmeal stout foi feita em 16/11/2007 e foi aberta agora, no dia 21/11/2008.

Será que estaria estragada? Vejam a foto da dita aqui embaixo:

Já ao abrí-la, era perceptível que tudo estava certo com ela. Pudemos notar que por ter baixo teor alcoólico, corpo e IBU, o envelhecimento não é muito favorecido nesta cerveja. Parece que os sabores foram levemente atenuados, ficando mais suaves do que nos primeiros meses pós-engarrafamento.

Também foi notável um leve sabor de oxidação, devido à exposição (mesmo que pouca) à luz. Mas outras coisas se aprimoraram: a espuma ficou mais consistente e com bolhas menores, e na boca ficou com um final mais seco.

Ela estava muito saborosa ainda, mas com certeza estava melhor depois de uns 2 meses de engarrafamento. Mas valeu a experiência!

Na fila de "cervejas velhas" está uma American Pale Ale e uma Fruit Beer feita com Amoras Pretas que foram fabricadas em Janeiro. Aliás, a última American Pale Ale desta leva que abrimos no mês passado estava "ignorante" de tão boa!

Caso alguém queira, segue abaixo a receita da nossa Oatmeal Stout batizada de "Canário Negro":

Maltes:
- Vienna (Weyermann) - 25,3%
- Munich (Weyermann) - 6,3%
- Carahell (Weyermann) - 6,3%
- Carafa III (Weyermann) - 10,1%
- Pilsen (Agromalte) - 44,3%
- Aveia em Flocos (Quaker) - 7,6%
Lúpulos:
- Galena - 12gr (50 minutos)
- Mount Hood - 7gr (20 minutos)
- Mount Hood - 8gr (5 minutos)
Levedura:
- US-05 (Fermentis) - 1 sachet

A mostura foi feita em temperatura de 66ºC por uma hora. O resultado foram 18 litros de cerveja.

Esta cerveja foi marcante para nós, pois foi a primeira e também é de um estilo que apreciamos muito. Foi muito legal bebê-la e relembrar o que aconteceu durante o último ano...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Joinville Porter - o resultado

Após 3 semanas de fermentação e 2 semanas na garrafa, a nossa Porter começou a se revelar. Ontem abrimos uma "amostra", e pudemos ver que o resultado ficou excelente.

Abaixo algumas fotos tiradas com celular.




Acredito que essa foi uma das poucas cervejas em que o resultado final ficou do jeito que gostaríamos em todos os aspectos: aroma, sabor, cor, espuma, carbonatação, e assim por diante.
A espuma ficou ótima, bem cremosa e persistente. O aroma é muito bom, com notas de torrado e lúpulo. A carbonatação está relativamente baixa, como pede o estilo (ah, primming feito com açúcar mascavo). O sabor do malte torrado está bem equilibrado com o lúpulo e o dulçor do malte caramelo. O final é levemente adocicado.
Está com bom corpo, mas muito fácil de beber. Agora seremos OBRIGADOS a tomar uma de vez em quando para ver como ela se desenvolve...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Uso do Densímetro - Estimando o percentual de álcool da cerveja

Uma dúvida freqüente dos cervejeiros iniciantes é quanto ao uso do densímetro na fabricação da cerveja caseira, principalmente no que diz respeito à estimativa do percentual de álcool gerado (ABV). Afinal, de que adianta fazer cerveja se não vai ser possível saber quanto de álcool tem nela? Neste artigo vamos tentar explicar como utilizar este equipamento tão útil ao cervejeiro caseiro.

O densímetro é um equipamento relativamente simples e que serve para medir a densidade (ou massa específica) de determinada solução. Em outra palavras, mede a diferença entre a densidade da solução e a densidade da água pura. No caso do cervejeiro caseiro, mede-se a quantidade de açúcar diluído na solução. A água pura possui densidade de 1.000. Quanto mais açúcar diluído na água maior a sua densidade e, portanto, maior a sua leitura através do densímetro. O densímetro mais utilizado pelos cervejeiros caseiros é o de graduação entre 1.000 e 1.100, o que permite fazer a leitura de cervejas com alto potencial alcoólico (quase 12%).



Este é um equipamento essencial ao cervejeiro caseiro, pois pode fornecer vários dados importantes tais como avaliar a eficiência na extração de açúcares do malte durante a brassagem, estimar o percentual aproximado de álcool da cerveja e analisar a atenuação do mosto durante a fermentação.


Para usar o densímetro, normalmente é necessária também a utilização de uma proveta. A proveta nada mais é do que um tubo de vidro ou plástico transparente, geralmente com marcação de volume na parte externa. A maioria das provetas usadas pelos cervejeiros é de 250ml de capacidade, o que evita que se desperdice muito líquido precioso para a medição.

Para estimar o percentual de álcool de sua cerveja através do densímetro é necessário obter duas informações: Gravidade Original (OG) e Gravidade Final (FG).

A leitura da OG é feita logo após o mosto ser resfriado e antes de ter o fermento adicionado. Basta encher a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e colocar o densímetro dentro. Assim que o densímetro estabilizar no líquido, veja qual a marcação que está na linha do líquido. Esta é a sua OG. Guarde esta informação.

A leitura da FG somente será realizada após o término da fermentação do mosto e antes de ser carbonatada. Se for engarrafar usando primming, faça a leitura antes de adicionar o açúcar ou solução do primming. Novamente, encha a proveta até um pouco menos do que sua capacidade total e coloque o densímetro dentro. Faça a leitura da marcação que está na linha do líquido. Esta é sua FG.

A diferença entre a OG e a FG é a quantidade de açúcar que foi consumido pelas leveduras. Neste momento, o açúcar foi convertido basicamente em álcool e gás carbônico. Para saber quanto de álcool aproximadamente a fermentação produziu através da conversão dos açúcares, basta aplicar os valores lidos em fórmula.

Várias fórmulas são encontradas para estimar o percentual de álcool, e cada uma delas apresenta um valor ligeiramente diferente. Isto não é tão relevante, pois o que interessa ao cervejeiro caseiro é fazer uma estimativa do teor alcoólico. Independente da variação, o resultado é satisfatório para fins de análise “caseira”. Para se obter o percentual de álcool exato são necessárias análises bem mais complexas (e caras!) do que o simples densímetro.

Segue abaixo 3 fórmulas que acreditamos que sejam as mais difundidas:

1° – ABV = (OG-FG) * 131
2° – ABV = ((OG-FG) / 0,75) * 100
3° – ABV = (OG-FG) / 0,00738


Para avaliar a pequena variação entre as fórmulas, vamos aplicar uma OG de 1.052 e uma FG de 1.010:

1° – ABV = ( 1.052 – 1.010) * 131 -> 5,50%
2° – ABV = (( 1.502 – 1.010) / 0,75 ) * 100 -> 5,60%
3° – ABV = ( 1.052 – 1.010) / 0,00738 -> 5,69%

Veja que a variação é relativamente pequena entre as fórmulas. A fórmula que parece ser mais utilizada é a primeira. Inclusive, pelo que observamos, é a fórmula usada pelo software BeerTools.

Importante:

- O densímetro é calibrado em uma temperatura específica (normalmente 20°C). Isto significa que o líquido a ser medido deve estar na mesma temperatura. Caso não esteja, é necessário utilizar uma tabela de correção para obter os valores corretos. Veja a tabela ao final do artigo.
- O mosto que foi utilizado para fazer a leitura não deve ser reaproveitado. Ou melhor, pode ser aproveitado para beber e ter uma idéia de como está a sua cerveja! Mas nunca coloque a cerveja de volta de onde foi retirada. Isso evitará contaminação ou eventuais problemas com sua cerveja.
- Se for utilizado primming para formação de gás, este adicionará cerca de 0,2% a 0,4% de álcool à sua cerveja – depende da quantidade que for utilizada. Logo, se através da leitura do densímetro você obteve 5,5% ABV, com primming ficará em torno de 5,8% ABV.

Tabela de correção (para densímetro calibrado a 20°C):


O valor da correção deve ser adicionado à leitura. Por exemplo, se o mosto estiver à temperatura de 30ºC e a leitura da densidade foi de 1.050, a densidade correta é 1.0525.

Esperamos que este artigo seja útil, principalmente aos cervejeiros iniciantes que muitas vezes tem dúvidas no uso deste equipamento tão importante.

Gräbenwasser
http://www.grabenwasser.blogspot.com/





quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Joinville Porter

Já que o II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn vem aí, resolvemos fazer uma cerveja para participar. Na verdade não esperamos ganhar, mas serviu de desculpa para fazer uma Robust Porter.

Segundo critérios passados pela Eisenbahn, Robust Porter “são cervejas de coloração preta e tem um sabor de malte torrado, mas não de cevada torrada. Estas Porters têm um amargor claro de malte torrado sem ter um alto caráter de queimado. Robust Porters variam de corpo médio a bem encorpadas e tem um adocicado de malte. Amargor varia de médio a alto, com aroma e sabor de lúpulo variando de baixo a médio. Diacetil é aceitável em níveis bem baixos. Ésteres frutados devem estar presentes,equilibrados com as notas de malte torrado e o amargor proveniente do lúpulo.

Levamos esta descrição em consideração na hora de montar a receita, mas não totalmente. Sempre gostamos de fazer algumas coisas do nosso jeito para chegar no gosto que esperamos e tem dado resultados agradáveis.

Já que esta cerveja vai para o concurso, não vamos dar os detalhes das quantidades dos ingredientes por enquanto. Vai que isso desclassifica a gente...

Maltes:
- Pilsen (Cargill)
- Munich (Cargill)
- Carahell (Weyermann)
- Carared (Weyermann)
- Carafa III (Weyermann)
Lúpulos:
- Galena (60 minutos)
- Styrian Goldings (60 minutos)
- Styrian Goldings (15 minutos)
- Styrian Goldings (5 minutos)
Fermento:
- US-05 (Fermentis)
Adjuntos:
- Whirlfloc (1 pastilha – 5 minutos)

Na foto abaixo pode-se observar os maltes de diferentes cores antes de fazer a moagem.


E depois de moídos, indo pra panela:



Fizemos a mostura a 68ºC por uma hora e depois subimos para 76ºC para passar para a lavagem do malte.

Na foto que segue, o mosto iniciando a fervura. Parece uma “poção mágica”!


Nesta foto pode-se ver a “tramóia” que inventamos: uma bomba de máquina de lavar louça (comprada nova, claro) que puxa o mosto pela parte inferior da panela e devolve pela parte de cima. No caso desta foto estávamos fazendo o “whirlpool” durante o resfriamento do mosto.


Também usamos a mesma bomba para ajudar a fazer a recirculação do mosto e lavagem do malte com um pouco mais de rapidez.

Abaixo outra invenção: Uma máquina de lavar roupa daquelas antigas, com a tina de inox que serviu certinho para colocar uma serpentina de inox de chopeira comprada em uma sucata.


Enchemos esta tina com água gelada e colocamos a serpentina para resfriar a água que vai para o chiller de imersão.
A serpentina já tínhamos, e a máquina que estava “dando sopa” é da minha tia (mãe do Diogo). Por enquanto esta tina só serve para isso. Mas ela já está incluída em um projeto e em breve vai virar tina de mostura. Claro que minha tia não sabe disso....

Tivemos uma boa eficiência, perto de 75%. Está ótimo, pois antes ficávamos sempre na casa dos 60%. Isto se deu a uma melhor moagem e lavagem do malte. Deste modo ficamos com uma OG de 1,057.

Esta cerveja foi feita no dia 05/10 e hoje foi retirada da fermentação primária para ficar mais uns dias na secundária. Pelo jeito o fermento já fez seu trabalho, chegando em uma gravidade final de 1.014 (75% de atenuação). A temperatura de fermentação é de 20ºC.

Vamos engarrafar e ver no que dá. Ainda bem que desta vez a quantidade a ser enviada para o concurso é de somente 2 litros, pois pelo jeito vai ficar muito boa e não queremos desperdiçar.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Weizenbock - Agora sim!

Nada como esperar o tempo devido de maturação após o primming para poder provar a cerveja. Segue abaixo fotos da Weizenbock.





Agora ela está bem "efervescente" e com ótima formação de espuma, digna de uma cerveja de trigo. O sabor está ótimo, com boa presença de malte e leve adocicado. O álcool também ajuda (8% ABV aproximadamente). O lúpulo só fica perceptível bem no final, mas sem atrapalhar o estilo.


Acho que esta é a melhor Gräbenwasser produzida até agora.

Enquanto isso, aguardamos a publicação da nossa colocação no III Concurso Nacional, onde participamos com uma English IPA.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Weizenbock e Chocolate

Não adianta. Não conseguimos esperar o tempo mínimo de maturação após o primming para abrir a primeira garrafa de Weizenbock. Aliás, nunca conseguimos. A desculpa é sempre a mesma: "Vamos abrir p/ ver se já carbonatou", "Vamos ver como está". O fato é que a ansiedade sempre é grande para saber como ficou a última produção.

Abrimos uma garrafa com cinco dias após engarrafar para ver. Já estava carbonatada, mas ainda não o suficiente para uma cerveja de trigo, que normalmente é mais "gasosa". Mas já deu p/ ter uma idéia de que está muito saborosa.
Abaixo está uma foto da dita cerveja, tirada de celular. Ficou turva (característica de cerveja de trigo), com cor marrom escuro-avermelhado. O sabor, aroma e corpo estão muito bons, na opinião dos humildes produtores.



Também provamos o nosso último "experimento": uma ChocoWeizen! A mesma Weizenbock acima, mas com adição de cacau em pó no primming para dar um leve sabor e aroma de chocolate. E não é que ficou interessante?


A proporção de cacau foi de 2,5gr por litro de cerveja. O aroma de chocolate ficou bem leve, mas perceptível. O sabor também ficou legal, dando uma nota achocolatada que em nossa opinião combinou bem com o estilo.

Agora já temos cerveja para sobremesa!!!

Vamos esperar maturar um pouco mais e ver como ela vai se aprimorar. Novidades em breve!

terça-feira, 22 de julho de 2008

ACervA Catarinense - Novo Logo!

É com grande satisfação que colocamos aqui o novo logo da ACervA Catarinense - Associação dos Cervejeiros Artesanais de Santa Catarina. Esta nobre associação foi fundada no dia 17 de maio último, e está em plena atividade.


De agora em diante, manteremos o logo de maneira definitiva aqui no blog (veja lateral direita do blog). Assim que o site estiver pronto, atualizaremos o link.


Vida longa à ACervA Catarinense!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Weizenbock

Ao invés de fazermos alguma cerveja para o III Concurso Nacional como tínhamos planejado, mudamos os planos e decidimos fazer uma receita com a qual nos identificássemos e que oferecesse alguma experiência nova.

[Limpeza antes de começar]

Em virtude dos maltes que tínhamos em mãos, partimos para uma Weizenbock. Além de ser uma cerveja muito apreciada por nós, nunca tínhamos feito uma cerveja de trigo nem utilizado o fermento próprio para tal cerveja.

A Weizenbock é uma cerveja de trigo de teor alcoólico e corpo mais elevados, normalmente de cor mais escura. Definimos a receita, que ficou assim:

Maltes:
- Malte de Trigo Claro (Weyermann) – 47,6%
- Pilsen (Cargill) – 27,2%
- Vienna (Weyermann) – 13,6%
- Munich (Cargill) – 6,8%
- Carared (Weyermann) – 4,1%
- Chocolate (Carafa III - Weyermann) – 0,7%
Lúpulos:
- Mt Hood (AA 5%) – 25g a 60 minutos
- Mt Hood (AA 5%) – 25g a 15 minutos
Fermento:
- WB-06 (Fermentis)
Adicionais:
- Whirlfloc – 1 pastilha

[maltes depois de moídos]

[Nada se perde, tudo de aproveita! Malte varrido do chão vai p/ panela. (brincadeira!) ]

O malte cristal mais escuro que tínhamos era o Carared® e complementamos com carafa para dar cor e sabor mais acentuados.

Outro ponto é que a Weizenbock é uma cerveja pouco lupulada. Nossa receita ficou com cerca de apenas 25 IBU. Visto que não tínhamos lúpulo alemão, acabamos por utilizar o Mount Hood, que segundo informações da Hopunion é uma versão americana muito parecida ao Hellertau.

Devido à grande quantidade de malte de trigo (quase 50%), tivemos que fazer uma parada de proteína para garantir a modificação deste malte. As etapas de temperatura foram as seguintes:

- 55ºC por 20 minutos;
- 65ºC por 60 minutos;
- 68ºC por 30 minutos;
- 78ºC por 5 (mashout).

[Adição de maltes]

[Coisa linda]

Nesta leva pudemos confirmar o que outros cervejeiros já diziam: com uma grande quantidade de malte de trigo a recirculação do mosto se tornar muito complicada. Complicada MESMO!

Visto que usamos uma bomba para recircular o mosto, normalmente a recirculação e lavagem do malte não demoram muito mais do que meia-hora. Desta vez levou mais de uma hora! Mas mesmo assim conseguimos uma boa filtragem e levamos um mosto bem límpido para fervura.

A fervura foi vigorosa, ao ponto de transbordar a espuma formada pelo lúpulo (veja foto). Antes de encerrar a fervura, adicionamos o Whirfloc para ajudar na filtragem.

[Sujeira feita devido à fervura]

A gravidade original foi de 1.069 e ficou um pouco abaixo do esperado. A fermentação está às mil maravilhas, em temperatura controlada de 19ºC.

Vamos ver no que vai dar. Essa promete!

terça-feira, 20 de maio de 2008

English IPA - Primeira Impressão

Não pudemos esperar o tempo de maturação: abrimos uma garrafa da IPA antes de terminar a maturação mínima para ver como estava. A cor ficou ótima e a cerveja bem límpida. Já o aroma e o sabor, huuummmm. Melhor nem comentar.



Essa cerveja promete...


Enquanto isso, na fábrica da Gräbenwasser, segue o projeto de construção de um moedor de rolos...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

English IPA

English IPA. Este foi o estilo escolhido para nossa última produção, feito no dia de ontem (01/05/2008). Já fazia um tempo que pretendíamos fazer uma cerveja bem lupulada e achamos que este estilo ia de encontro com nosso objetivo.

English IPA é uma cerveja tipo Ale inglesa (óbvio!) com aroma e sabor de lúpulo mais acentuados. Geralmente é um pouco mais alcoólica que as pale ales. O termo IPA (Índia Pale Ale) vem daquela (velha) história de que os ingleses adicionavam mais lúpulo à cerveja para que ela suportasse a viagem até a Índia, devido às propriedades conservantes de lúpulo.

Definimos a receita com os seguintes ingredientes:

Maltes:
- Pilsen (Cargill)
- Munich (Cargill)
- Carared (Weyermann)
- Carahell (Weyermann)
- Chocolate (Carafa - Weyermann)
Lúpulos:
- Cascade
- Styrian Goldings
Fermento:
- Safale S-4 (Fermentis)

O malte chocolate serviu apenas para ajustar a cor e dar um sabor torrado muito leve.

Fizemos a mostura a 66ºC por 1 hora e elevamos para 76ºC durante 5 minutos. Depois fizemos a recirculação do mosto para filtrá-lo e lavamos o malte com mais água a 76ºC.

Na fervura foram utilizadas cerca de 115 gramas de lúpulo. Pretendemos fazer Dry Hopping (adição de lúpulo durante a fermentação secundária).

A gravidade original foi de 1.053 e ficou um pouco abaixo do esperado devido à baixa eficiência da brassagem (cerca de 60% - teremos que investir num moedor de rolos!).

Está fermentando bem. Tomara que não tenhamos problemas com contaminação de novo. Fizemos um geral nos equipamentos e na “fábrica” para diminuir as probabilidades de isto ocorrer.

Aguardem os próximos capítulos...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

(Fétida) Fênix Rauchbier

Infelizmente o que era pra ser nossa primeira Rauchbier se tornou nosso primeiro "aceto balsâmico"! Isso mesmo: foi pro vinagre (literalmente).

A cerveja contaminou e ficou horrível. Vai pra valeta (de onde nunca deveria ter saído)...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Fênix Rauchbier

Após algumas cervejas Stout, Pale Ale e Fruit Ale, resolvemos fazer uma cerveja de malte defumado. Já que gostamos muito da Aecht Schlenkerla Rauchbier (http://www.schlenkerla.de) e tínhamos algum malte defumado comprado, partimos para a receita.

Tivemos duas novidades na fabricação desta receita:
- A primeira foi a presença dos colegas André, Luiz Eduardo e Karina durante o processo. Eles entraram em contato conosco após terem visto o post sobre nossa stout no Blog do nobre colega Bob Fonseca (http://latinhasdobob2.zip.net). Acabamos convidando eles para acompanhar a produção e provar algumas Gräbenwasser (e de quebra algumas Schlenkerla). Quem sabe em breve teremos novos cervejeiros no pedaço!
- A segunda novidade foi a utilização de lascas de carvalho (oak chips) na fermentação secundária. A idéia é dar a impressão de que a cerveja foi armazenada em barris de carvalho.

Pensamos em fazer uma cerveja com o caráter de malte defumado bem destacado, mas que tivesse um pouco de sabor residual menos seco do que as Rauchbier tradicionais. Acabamos definindo a seguinte receita (para 17 litros finais):

Maltes:
- 3 kg de malte defumado (Weyermann) – 61,5%
- 1,5 kg de malte Munique (Cargill) – 30,7%
- 350gr de malte Carahell (Weyermann) – 7,2%
- 30gr de malte Chocolate (Carafa – Weyermann) – 0,6%
Lúpulos:
- 13gr de lúpulo Galena (60 minutos) – 100% (24 IBU)
Fermento:
- US-05 (Fermentis)
Ajuntos:
- Lascas de Carvalho / Oak Chips (ID Carlson)

Queríamos usar um percentual maior de malte defumado, mas só tínhamos os 3kg disponíveis e tivemos que complementar com outros maltes.

A Rauchbier tradicional é do tipo lager. Mas em virtude de alguns contratempos com nosso controle de temperatura, resolvemos fazer uma ale mesmo. Por isso usamos o fermento US-05.

As etapas de temperatura da mostura foram as seguintes:
- 40ºC para adicionar os grãos
- 66-68°C por 1 hora
- 76°C por 10 minutos

Depois da filtragem do mosto com o próprio bagaço, lavamos o bagaço com mais água para aproveitar melhor o malte.

A fervura foi vigorosa, por 1 hora. O lúpulo foi adicionado no início da fervura, só para amargor e com quantidade baixa. Antes do final da fervura adicionamos 1 comprimido de Whirlfloc para melhorar a clarificação do mosto.Fizemos o resfriamento e colocamos para fermentar.

Após 7 dias de fermentação primária, retiramos o fermento e passamos para a fermentação secundária. Neste momento aproveitamos para medir a densidade e ver a atenuação. As leituras ficaram assim:

OG: 1,055
FG: 1,012
Atenuação: 78%
ABV: 5,6%

A cor ficou um pouco mais clara do que esperávamos. Mesmo colocando um pouco de malte Carafa para acertar a cor, ainda não foi suficiente. Vamos esperar para ver como fica depois de feito o priming e maturada na garrafa.

Aproveitamos para fazer uma experiência: colocamos metade para fermentar normalmente e a outra metade colocamos para fermentar junto com 30 gramas de lascas de carvalho. As lascas foram vaporizadas para sanitizá-las e também para que liberassem o aroma da madeira. A idéia é dar a impressão de que a cerveja foi armazenada em barris de carvalho. Frescura pura, mas vamos ver no que dá.

A previsão de engarrafamento é para esta semana. Depois contamos os resultados...