quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Joinville Porter

Já que o II Concurso Mestre Cervejeiro Eisenbahn vem aí, resolvemos fazer uma cerveja para participar. Na verdade não esperamos ganhar, mas serviu de desculpa para fazer uma Robust Porter.

Segundo critérios passados pela Eisenbahn, Robust Porter “são cervejas de coloração preta e tem um sabor de malte torrado, mas não de cevada torrada. Estas Porters têm um amargor claro de malte torrado sem ter um alto caráter de queimado. Robust Porters variam de corpo médio a bem encorpadas e tem um adocicado de malte. Amargor varia de médio a alto, com aroma e sabor de lúpulo variando de baixo a médio. Diacetil é aceitável em níveis bem baixos. Ésteres frutados devem estar presentes,equilibrados com as notas de malte torrado e o amargor proveniente do lúpulo.

Levamos esta descrição em consideração na hora de montar a receita, mas não totalmente. Sempre gostamos de fazer algumas coisas do nosso jeito para chegar no gosto que esperamos e tem dado resultados agradáveis.

Já que esta cerveja vai para o concurso, não vamos dar os detalhes das quantidades dos ingredientes por enquanto. Vai que isso desclassifica a gente...

Maltes:
- Pilsen (Cargill)
- Munich (Cargill)
- Carahell (Weyermann)
- Carared (Weyermann)
- Carafa III (Weyermann)
Lúpulos:
- Galena (60 minutos)
- Styrian Goldings (60 minutos)
- Styrian Goldings (15 minutos)
- Styrian Goldings (5 minutos)
Fermento:
- US-05 (Fermentis)
Adjuntos:
- Whirlfloc (1 pastilha – 5 minutos)

Na foto abaixo pode-se observar os maltes de diferentes cores antes de fazer a moagem.


E depois de moídos, indo pra panela:



Fizemos a mostura a 68ºC por uma hora e depois subimos para 76ºC para passar para a lavagem do malte.

Na foto que segue, o mosto iniciando a fervura. Parece uma “poção mágica”!


Nesta foto pode-se ver a “tramóia” que inventamos: uma bomba de máquina de lavar louça (comprada nova, claro) que puxa o mosto pela parte inferior da panela e devolve pela parte de cima. No caso desta foto estávamos fazendo o “whirlpool” durante o resfriamento do mosto.


Também usamos a mesma bomba para ajudar a fazer a recirculação do mosto e lavagem do malte com um pouco mais de rapidez.

Abaixo outra invenção: Uma máquina de lavar roupa daquelas antigas, com a tina de inox que serviu certinho para colocar uma serpentina de inox de chopeira comprada em uma sucata.


Enchemos esta tina com água gelada e colocamos a serpentina para resfriar a água que vai para o chiller de imersão.
A serpentina já tínhamos, e a máquina que estava “dando sopa” é da minha tia (mãe do Diogo). Por enquanto esta tina só serve para isso. Mas ela já está incluída em um projeto e em breve vai virar tina de mostura. Claro que minha tia não sabe disso....

Tivemos uma boa eficiência, perto de 75%. Está ótimo, pois antes ficávamos sempre na casa dos 60%. Isto se deu a uma melhor moagem e lavagem do malte. Deste modo ficamos com uma OG de 1,057.

Esta cerveja foi feita no dia 05/10 e hoje foi retirada da fermentação primária para ficar mais uns dias na secundária. Pelo jeito o fermento já fez seu trabalho, chegando em uma gravidade final de 1.014 (75% de atenuação). A temperatura de fermentação é de 20ºC.

Vamos engarrafar e ver no que dá. Ainda bem que desta vez a quantidade a ser enviada para o concurso é de somente 2 litros, pois pelo jeito vai ficar muito boa e não queremos desperdiçar.

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